COMO ENCONTRAR SOLUÇÃO QUANDO SUA EMPRESA ESTÁ RECHEADA DE DÍVIDAS BANCÁRIAS?
Diferente de antigamente, quando os empréstimos com juros acessíveis e os financiamentos eram feitos para alavancar o crescimento da empresa, e não simplesmente para dar continuidade ao negócio, hoje as empresas utilizam os bancos para cobrir despesas essenciais, como folha de pagamento, funcionários, aluguel e até estoque.
E isso tem levado muitas delas a se atolar em dívidas bancárias, um problema que pode consumir toda a lucratividade que o empresário teria com o fluxo de caixa e até levar negócios a falência.
Por isso é importante ficar atento às negociações que são feitas com bancos. Muitas vezes, eles cobram juros abusivos, embutem juros compostos que não compõem o juros acordado e ainda levam o cliente para o cheque especial, o que facilmente vira uma bola de neve de dívidas e leva o desespero para a mesa de diretores e gerentes.
Se este é o caso da sua empresa, separamos algumas dicas importantes!
1. Levante o histórico e entenda a operação
Se você já está atolado em dívidas, a primeira pergunta a se fazer é “sem a dívida bancária meu negócio consegue sobreviver?” Se a resposta for sim, você deve ir em busca da renegociação. Se a resposta à pergunta for não, ou seja, se a sua empresa não tem como existir sem aquela dívida, talvez seja o caso de repensar todo o seu negócio.
Porque a partir do momento que você vê o pagamento da dívida como essencial para a continuidade das atividades da sua empresa, existe um problema.
Lembre-se: a dívida bancária nunca deve atrapalhar a atividade empresarial, nem comprometer todo o seu caixa.
2. Analise os contratos
Antes de partir para a renegociação da dívida, faça uma análise minuciosa de todos os contratos feitos com o banco. Veja quais são as garantias de cada um deles, se os valores de juros estão sendo cobrados pela média de mercado ou se estão sendo juros abusivos.
É muito comum os bancos cobrarem taxa, tarifa e abertura e crédito, os juros nominais não serem equivalentes ao valor da parcela etc. Tudo isso é passível de discussão e muitas vezes surge uma boa oportunidade de renegociação, ainda mais hoje em dia, com a baixa da taxa Selic, que facilita renegociar com juros mais atrativos.
3. Evite aceitar o primeiro contrato feito pelo banco
Normalmente, o banco oferece como primeira proposta uma negociação com juros altos, taxas altas e tarifas altas. Então, é importante pesquisar o mercado e fazer um comparativo. Existem taxas muito acessíveis, principalmente com a queda da taxa Selic.
São tarifas extremamente benéficas, com juros baixíssimos. Elas podem, inclusive, servir de argumentação para você negociar com o seu banco e conseguir melhores condições.
4. Encontrou práticas que suspeita serem ilegais? Busque a justiça
As discussões judiciais de dívidas bancárias podem sim ser usadas. Mas, para entrar com uma ação é preciso fazer uma perícia prévia, uma análise dos contratos, uma análise das parcelas e dos pagamentos que já foram feitos para ver se existe algum subterfúgio jurídico de discussão daquela dívida.
Normalmente, essas discussões demandam bastante tempo, alguns anos, o que não é interessante para os bancos, principalmente as instituições privadas. Para eles, o interessante é receber o valor. É quando começam a surgir propostas de descontos bem atrativas para o empresário. Ao logo do tempo, dependendo da demanda, a cada ano que passa o banco consegue oferecer maiores descontos, chegando muitas vezes a valores ínfimos e bem atrativos para que a empresa possa quitar completamente a sua dívida.